quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eu não me perco no meio da multidão.

O que eu mais vejo por aí é gente dizendo que 'está sempre só mesmo perto de outros'. É, deve ser foda mesmo. Aliás, eu experimento isso de uma forma diferente, eu acho.

O fato é que eu não consigo ficar sozinho no meio da multidão, por mais óbvio que pareça. É que eu tenho uma aparência meio peculiar; eu sou meio girafão, uso óculos escuros à noite, casaco no calor, blusa sem mangas no frio... e toda vez que eu saio na rua, parece que tem uma gigantenorme placa na minha testa escrito: eu sou estranho!

Claro que o jeito como me comporto também não ajuda muito. Admito que tenho ciência de que chamo atenção às vezes, e às vezes é de propósito. Afinal, tem dias em que todo mundo acorda 'com o pé direito'.

E aí eu chego no dilema: todos sabem que eu estou lá, mas não tem ninguém parecido comigo. Eu sou algo que destoa. E isso é até bom. Pelo menos eu tenho uma desculpa pra me comportar mal. Qualquer coisa, é só dizer que eu sou excêntrico. Né assim que se fala?



Away.

Musicstuff - Rock Rocket

Eu não conheço nada sobre a RR. Sei que o Noel Rouco é o vocalista e compositor, e muito foda.

O som deles me faz pensar que é um tipo de rock que meu avô gostaria de ouvir, é divertido, é oldschool. Me vem à cabeça imagens de roqueiros decadentes debruçados em balcões de bar, strippers com aquelas porras de pompons presos nos mamilos e tudo mais. Muito foda. Escutaí:







Rock n' roll é velho, cafona... but it's still rock n' roll and I still fucking like it.

Eu sou preguiçoso memo, foda-se.

Esses dias eu tava pra sair, quando uma amiga me disse que eu tava 'com cara de descoladinho'.

Eu não sei como é a cara de um 'descoladinho'. Mas resolvi olhar no espelho só por curiosidade; tava de blusa social branca, calça jeans amassada, óculos escuros, cabelo bagunçado pra caralho. Resolvi tentar prestar atenção em pessoas que estivessem mais ou menos do mesmo jeito. E como tinha gente assim.

Quando eu tô afim de me arrumar (ou quando me mandam ficar arrumado...) só passo um gel no cabelo, no máximo usar um colete, alguma coisa que me deixe com cara de gente decente, tá ligado? Má porra, eu só tava sendo quem eu sou, eu saio assim na rua praticamente todos os dias e nem sabia que era cool... a calça tava amassada porque tava embolada dentro do meu guarda-roupa e deu preguiça de passar, a blusa era branca e social porque a maioria das minhas blusas são assim (e eu admito que preciso comprar roupas), usei óculos escuros porque tava sol pra cacete.

E o pior: quando se finge não ligar pra vida nem pra porra nenhuma, as pessoas te acham legal. Mas quando você não liga DE VERDADE, não parece ser tão atraente assim. Eu não sou muito sociável. Ou social. Não sei qual é o termo certo.

Vou comprar uma blusa gola V, um Nike colorido e óculos de armação transparente pra ver se as pessoas gostam mais de mim.




Away.

domingo, 26 de setembro de 2010

Contos Iguais - Em 10 anos ou menos.

Tenho visto muito, agora que fico mais velho, a mudança nas atitudes dos meus amigos e conhecidos. É foda perceber que depois de algum tempo, o tão cobiçado brilho nos olhos vai sumindo devagar dos olhares dos meus parceiros de zona (no bom sentido, claro...), algo que eu jamais achei que aconteceria.



Dê play antes de seguir.


Agora todo mundo tem muita coisa pra fazer. Deveres sociais, pessoais, profissionais, sentimentais... deveres. Coisas que não são, nem de longe, comparáveis às batalhas de todas as baladas, os gostos diferentes, os lugares diferentes, cheiros diferentes que sentíamos toda vez que partíamos pra rua sem hora nem dia pra voltar. Agora é tudo muito igual. A comida tem sempre o mesmo gosto, o cheiro de casa é sempre igual, o escritório é sempre perfeitamente arrumado.

O tempo mata sua voracidade. Agora você é igual aos seus pais. Igual a tudo o que você sempre disse que nunca seria. E você pensa que gosta. Vai pensando. Você não é mais nem a poeira do homem cuja fama era tão grande quando a Muralha da China e tão suja quanto as ruas de qualquer cidade grande.

Mas tudo bem. Prossiga na tentativa de se tornar um homem bem-sucedido nos negócios, um homem de família, um verdadeiro exemplo de novela das oito. Só me avise caso você consiga de verdade.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eu não sei dançar.

Não sei mesmo. Fico com uma puta cara de idiota sempre que vou pra alguma festa, ou saio pra alguma night com a putada. Fico naquele pra-lá-e-pra-cá incessante, tentando dísfarçar ao máximo o fato de que eu não sei dançar. Isso faz de mim um excluído? Um marginal da sociedade festeira que nunca sente sono? Não, claro que não.

Então, o que eu sou? Sei lá, porra. Eu só não sei dançar. Mas ainda sei falar, andar. Confesso que até arrisco um passo ou outro, mas sou sufocado pelas acrobacias (porque, porra, são acrobacias. aquela porra não é dança nem fudendo) dos... bom, de todas as outras pessoas.

Foda-se se você sabe uma coisa que ninguém sabe. Mas se você não sabe alguma coisa que todo mundo sabe, aí, meu velho, estás fudido. Me sinto bastante adolescente nesse momento. Que merda.




Away.

Lady Gaga - além das músicas-chiclete.

Lady Gaga. Dona de uma horda de fãs insaciáveis, os monsters como eles mesmos se chamam. Conhecida, além do seu inegável talento de criar músicas que se instalam na sua cabeça e só saem depois um mês, pelo jeito extravagante de ser e se expressar como, por exemplo, alguns "modelitos" que ela costuma vestir de vez em quando...

Se você não é um completo alienado musicalmente ou acabou de chegar no Brasil agora, você sabe que o Rock In Rio está de volta ao Brasil. E, claro, por ser uma estrela internacional, com a horda de monsters, o nome de Lady Gaga está cotado como uma das possíveis apresentações do festival mais fodaçaralho (ou pelo menos era pra ser) de rock (ou pelo menos era pra ser de rock) do mundo. Maaaaas, como todo mundo sabe, existem os fãs xiitas. E quando o assunto é rock n' roll, o negócio é ainda pior.

Tá, e o que a Lady Gaga tem a ver com essa porra?

Simples. Ela não é uma roqueira propriamente dita. E os roqueiros reclamaram. Pra caralho. O que me fez pensar: "quem, hoje em dia, é mais rock n' roll que a Lady Gaga"? Claro, tirando os ícones do rock como Ozzy Osbourne. Não consigo pensar em ninguém, e eu tô falando em escala global, que seja da "new school" do rock que seja rock n' roll, pelo menos tanto quanto a Lady Gaga.

O que eu acho? Acho que ela deveria se apresentar. Quero deixar claro que esse não é um post pró-Lady Gaga. É só uma coisa que eu pensei. Mas, claro, eu posso estar errado.


E, porra, sou um milhão de vezes mais Lady Gaga do que Ivete Sangalo no Rock In Rio.



Away.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sobre status e a banalização do beijo.

Me ocorreu uma coisa que é meio óbvia, mas mesmo assim eu vou postar.

Esse assunto já foi abordado várias vezes, mas ainda acho que é importante falar. As pessoas hoje em dia só querem saber de sacanagem. Não que eu ache ruim, pelo contrário. Sacanagem é bom pra caralho. Mas é curioso observar como as coisas mudam com o tempo. Há provavelmente duas gerações, as coisas eram MUITO diferentes. Só rolava beijo com o consentimento dos pais e um pedido formal de namoro. Hoje em dia, meninas de 13, 14 anos têm filhos sem nem saber quem é o pai. Clichê? Não, de forma alguma. Verdade? Em alguns casos.

Meu professor de Redação costuma dizer que se você vai criticar alguém na sua redação, ou é o governo, ou é a juventude. Mas, às vezes, os dois pedem pra serem criticados.

O beijo é uma questão de status. Por quantidade ou qualidade. Se um cara (ou uma menina, tanto faz) pega 15 numa balada só, o cara é o fodão dos fodalhões. Se ele pega a garota mais gata da festa, idem. Status, senhores. Status. O beijo é só um instrumento. Deixou de ser a parte que precede o "algo mais", a sacanagem pesada. Mas essa aí já é praticada sem preliminares.

Então danem-se os conservadores, e vamo cair mataaaaaando na night? É, talvez.




Away.

Musicstuff - Arctic Monkeys.

Eu tenho um gosto musical bastante variado. Não que isso seja legal. Mas o fato é que o som das guitarras de garagem sempre me atraíram mais do que qualquer outro tipo de música. Exmplo clássico? Arctic Monkeys.

Os ingleses realmente fazem um som foda, sem querer parecer foda. É totalmente despretensioso, ao contrário das bandas de metal ou de hardrock, que costumam passam a imagem de ser BADASS, MOTHERFUCKER! Mas, ainda assim, eu gosto delas pra caralho. Viva Judas Priest.

O primeiro contato que tive com a Arctic Monkeys foi um comercial que mostrava uns cinco segundos de uma música qualquer dos caras na VH1. Mas era tamanha a intensidade e a pureza do som que me chamou a atenção. Procurei saber sobre os caras. A música? I Bet That You Look Good On The Dancefloor.

Arctic Monkeys é uma das poucas bandas atuais que resgata o rock inglês clássico. Precisa de algo mais? Então toma!



And you?

Ah, oi, olá.


Sabe quando tudo dá certo? Você pega aquela garota, vai bem na escola, as pessoas te olham com um sorriso cordial estampado no rosto, o céu é mais azul. É. Foda isso, né? Nem sempre.

Não sei vocês, mas quando isso acontece comigo, é porque algo realmente muito foda vai acontecer. Algo muito muito ruim está por vir. Não é pessimismo nem nada, é que tudo parece seguir para o equilíbrio. Não dá pra estar bem sem ter ficado mal antes. Ou ficar mal depois. Tanto faz a ordem.

Eu não conheço essas coisas espirituais, nem me interesso por isso, mas alguém, em lugar, algum dia deve ter passado por isso. Escrito isso em um pergaminho forgotten in time, que depois virou religião, dogma, seja lá o que for.

O fato é: sentir-se bem dá medo. Mas é muito foda.

A
way.

Novo clipe de Scott Pilgrim vs. The World!

Caras, esse é o tipo de filme que não é megasucesso nem supercult. Mas eu me amarro. Muito.

Ainda não li as HQ's, mas tá na lista de espera. E o Chris Evans, novo Capitas Americas, faz o seu papel clássico: badass motherfucking crusher. Deus tenha piedade da reputação do Capitão América depois do Chris Evans. Oremos.


Fique aí com o vídeo: